SANTUÁRIO

ANTÔNIO GOMES FERREIRA, morava com sua família, em uma fazenda no município de Abadiânia. Não havia escolas por perto. Seus pais, ele e seus irmãos eram todos analfabetos. Em 1.941, foi convocado para se apresentar no Quartel de Ipameri para servir ao exército.

 

Naquela época não tinham rádio, nem televisão. Quase não tinha experiência com armas e não sabia direito o que representava uma guerra. Seu pai, Gabriel Gomes Ferreira o levou para se apresentar em Ipameri e ficou uma semana tentando trazer o filho de volta. Ficava na porta do Quartel. Um dia o comandante o ameaçou de prisão, então ele voltou para sua fazenda. Em novembro de 1.942, comunicaram-lhe , que estava sendo incluído na Força Expedicionária Brasileira, para defender o Brasil dos ataques dos Alemães, Italianos e Japoneses.

 

Era muito sofrido para a família saber se o filho voltaria pra casa vivo ou morto. Ficavam meses sem terem notícias.

Ele foi enviado para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo. Ele e os demais soldados ficavam guardando o litoral. Já haviam afundado vários navios brasileiros. Nesse período que esteve no exército ele foi alfabetizado e de vez em quando escrevia para a família. Quando a carta chegava, eles tinham que arrumar alguém para ler.

Quando embarcou em navio de guerra, escreveu para sua família, avisando que estava indo para Itália e talvez não voltasse para casa.

 

Sua mãe, Tereza Bueno de Bastos, fez uma promessa para Santa Rita de Cássia : "Se  seu filho voltasse vivo, eles iriam construir uma capela, em cima do morro, em frente a casa principal da fazenda".

Ele voltou para sua casa em 1.945. Fizeram uma grande festa para comemorar o seu retorno. Como sua mãe havia prometido, foi feito a capela, que se encontra no mesmo local até os dias de hoje.